terça-feira, 27 de abril de 2010

- maluco cansado.


Me explica, me faz entender. Por que sou tão imperfeita e incapaz de tudo para você? E escrever? Isso sei fazer bem? Que bom, então fique em silêncio e leia (...) ao menos tenta não falar nada. Tudo. Não grito, não choro e não brigo mais! Apenas serei outra que você manipula. Ou pelo menos, finge. Vou me sufocar com isto em mim. É preciso. Pois, quando explodir, quero estar bem perto de você. para conseguir machucá-lo com tanto sufoco. Sim, eu quero isso. E não venha me dizer mais nada. Estou cansada. Cansei.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

- história.


O que mais ouviram foi nossas vidas, prestando atenção no pedacinho que dizia até nossos beijos parecem beijos de quem nunca amou. De certa forma aquele beijo ainda ardia. Como se um pedaço da minha boca, durante todos aqueles anos tivesse ficado perdido (...)Como se eu fosse ao mesmo tempo diretor, ator, autor e platéia de um espetáculo que ainda não começara a acontecer. Como se não fosse um espetáculo, porque nada estava previsto e não houvera ensaio algum. Errei pela primeira vez quando me pediu a palavra amor, e eu neguei. Mentindo e blefando no jogo de não conceder poderes excessivos, quando o único jogo acertado seria não jogar: neguei e errei. É esquisito, mas sempre orientei minha vida nesse sentido — o de não ter laços, o da independência, de poder cair fora na hora que quisesse. Me pergunto sempre se você não teceu em volta de mim uma porção de coisas irreais -todo atento para não errar, errava cada vez mais. Não consigo ver mais que isso: essa é a lembrança. Sei perfeitamente quando uma lembrança começa a deixar de ser uma lembrança para se tornar uma imaginação. Assim como quem escreve uma história e procura ser interessante - seria bonito dizer, por exemplo, que eu sequei lentamente seus cabelos. Resta esta história que conto, você ainda está me ouvindo?

sexta-feira, 16 de abril de 2010

- perdida


Perdida agora estou, pois, você não está mais comigo para me mostrar o nosso caminho. Agora, sei que não adianta voltar atrás, pois você não vai me perdoar, aliás, você não me ama. E nunca amou, e nunca amará alguém, por que para isso, é necessito amor próprio, e isso você não terá. Vi com meus olhos, você dizendo as mesmas coisas que me dizia, para um outro alguém. Alguém esse, que nunca te amará como eu amei. Sim, amei, com todas as letras! Fizemos juras de amor eterno... mesmo que não exista o para "sempre" mais diziamos que seriámos os primeiros a eternizar o nosso sentimento, o nosso amor. Fico pensando enquanto perdida, como podê fazer isso comigo? Logo eu, que o amava tanto e não tinha vergonha desse lindo amor ...